sexta-feira, 13 de setembro de 2013

terça-feira, 13 de agosto de 2013

domingo, 7 de julho de 2013

terça-feira, 4 de junho de 2013

domingo, 24 de março de 2013

**Como será?**

E agora? Como será?
Controles que levarão aos descontroles?
Confio, desconfiando?
Durmo com um olho aberto e outro fechado?
E tudo que foi dito, prometido, desejado?
Tantas coisas, tantos pensamentos, tantos sentimentos...
O que fazer? Pra onde ir? Onde ficar?
Será que fomos envenenados e expulsos do éden?



O que será - Chico Buarque
O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita

O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite

O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo




sábado, 23 de fevereiro de 2013

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

**Fotos na Estante - Skank**

Sem mais nem menos
Sem remédio, sem desculpa...

Em horas tortas
Horas tímidas, ocultas...

Pelas esquinas
De olhares indiscretos...

O nosso amor
Amor claro de objeto...

Sem dor ou crime
Amor simples e direto...

Entre os pássaros de barro
Descansando na estante
Pelas costas amarelas
Dessas fotos insinceras
Descobri lindas mentiras
Tão terríveis quanto belas...

Digo o que fazer então
São memórias tão reais
Do que nunca aconteceu...

Desenhei miragens tolas
Nas margens do seu deserto
E uma verdade impossível
Só pra ter você por perto...

Sem dor ou crime
Amor simples e direto...

Entre os pássaros de barros
Descansando na estante...

Pelas esquinas
De olhares indiscretos...

O nosso amor
Quebrou feito objeto...

Digo o que fazer então
São memórias tão reais
Do que nunca aconteceu...

Desenhei miragens tolas
Nas margens do seu deserto
E uma verdade impossível
Só pra ter você por perto...